Cátedra Insper Palavra Aberta

Cátedra Insper Palavra Aberta 630 345 Instituto Palavra Aberta

Seminário iniciou as atividades da cátedra neste segundo semestre e reuniu profissionais da comunicação para falar sobre Liberdade de imprensa e o avanço da democracia no Brasil atual.

No dia 28 de agosto (sexta-feira) aconteceu em São Paulo o primeiro seminário organizado pela Cátedra Insper Palavra Aberta. No Auditório Steffi e Max Perlman, do Insper, uma plateia diversificada pode acompanhar o debate dos profissionais de comunicação convidados a participar de dois painéis.

O primeiro reuniu Augusto Nunes (Veja.com e TV Cultura), João Gabriel de Lima (Revista Época) e Sérgio Dávila (Folha de S.Paulo) para tratarem do Papel da imprensa na defesa da democracia. Com mediação do professor Fernando Schüler, os palestrantes opinaram sobre o tema, sempre analisando a história e os fatos marcantes envolvendo a imprensa brasileira, desde o advento da democracia. Segundo Augusto Nunes, “o Brasil tem melhorado, a democracia é sólida, e o povo brasileiro vai compreendendo a importância da escolha que faz”, referiu-se, em um momento da sua fala, às eleições: “temos que entender que é inseparável da democracia, da civilização, o convívio dos contrários. Quem não tolera a existência do outro, vive em outro século, anterior ao 20 ou 19”, comentou.

Para João Gabriel de Lima, democracia é quando se tem os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, a polícia, a imprensa, enfim, todos livres, fiscalizando o outro. “A falta de democracia é quando você tem o poder de se sobrepor ao outro. O Brasil vive uma democracia e todos estão cada vez mais independentes. O que há de diferente na nossa democracia é que somos uma democracia jovem. E esse espanto que constatamos aqui e ali por conta de vários acontecimentos faz com que a gente desqualifique as coisas que são normais à democracia. Isso vale para qualquer um dos poderes, e para a imprensa também. O problema é que se desqualifica a instituição em si e não os profissionais”, argumentou.

No segundo painel, Liberdade de imprensa e o avanço da democracia no Brasil atual, Ricardo Gandour (O Estado de S.Paulo), Marcel Leonardi (Google) e Edward Pimenta (Abril Mídia) não deixaram de criticar, mas valorizaram a independência e a liberdade assegurada à mídia. “Nós vivemos em um momento histórico que quase tudo no mundo se polariza. Tudo vira sim ou não, odeio ou amo, e a gente está perdendo as nuances. Na minha avaliação a perda de nuances deve-se à velocidade com que fazemos as coisas. Para o Brasil, que é uma sociedade historicamente antropofágica, sempre pula para a etapa seguinte sem completar a anterior, a gente tem malária e a maior público de redes sociais do mundo, dengue e mecatrônica, e por aí vai. No que se refere ao universo informativo, há antagonismos falsos na minha opinião no Brasil, como velha mídia, nova mídia; editores conservadores e blogueiros progressistas. Eu não consigo ver em nenhum outro país do mundo onde essa discussão midiática é tão ideologizada. Por algum motivo essas tribos se atomizaram dessa forma. Em outros países não existe isso. Existem novas possibilidades de comunicação que estão sendo aproveitadas por profissionais de todas as gerações”, manifestou o diretor do jornal O Estado de S.Paulo.

Ao encerrar o evento, Patricia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, revelou que o próximo encontro será no dia 13 de novembro na sede do Instituto de Ensino e Pesquisa – Insper.

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O vídeo completo deste seminário estará disponível em breve.

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