Prêmio liberdade de expressão

Prêmio liberdade de expressão 630 345 Instituto Palavra Aberta

A escritora J.K. Rowling da série de livros Harry Potter receberá o prêmio PEN 2016 de liberdade de expressão durante cerimônia no Museu de História Natural de Nova York.

Está agendado para o dia 16 de maio o PEN International 2016, que irá premiar na categoria de liberdade de expressão a autora da série de livros Harry Potter, J.K. Rowling, pelo mundo da fantasia sem preconceitos contido em seus livros.

O anúncio foi feito pela Associação Americana de Escritores e o evento de premiação será no Museu de História Natural de Nova Iorque. “Através das suas experiências dentro e fora dos livros, graças a Rowling muitas crianças aprenderam não apenas no poder dizer o que pensam, mas também na importância de ouvir os outros”, destacou Andrew Solomon, presidente da entidade.

Solomon enfatizou, ainda, o ativismo de Rowling pela liberdade de expressão, a criação da Fundação Volant, de apoio à esclerose múltipla, e o seu trabalho na ONG Lumos, que se dedica a proporcionar o reencontro de crianças abandonadas com suas famílias.

Na edição anterior os eleitos foram os editores do semanário francês Charlie Hebdo, vítimas de um ataque terrorista em janeiro de 2015.

PEN International

A sigla PEN é a abreviatura de Poetas, Ensaístas e Novelistas e foi fundado em 1921 por Catherine Amy Dawson-Scott (1865-1934), em Londres. O clube reunia jovens e auspiciosos autores ingleses e seu primeiro presidente foi John Galsworthy (Prêmio Nobel de 1932). Entre os membros fundadores estavam Joseph Conrad, George Bernard Shaw (Nobel de 1925), Elizabeth J. Craig e H. G. Wells, que foi quem trouxe para o PEN o texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Essa ideia inspirou a criação de outros centros no mundo. Autores como Anatole France, Paul Valéry, Thomas Mann, Benedetto Croce e Karel Capek participaram da entidade. Foi durante a gestão de Wells, na Assembleia de Dubrovnik, em 1933, que os escritores condenaram o totalitarismo da Alemanha nazista e da Rússia de Stalin. A partir de então, o ideal da liberdade de expressão nunca mais se apagou dentro dos demais clubes.

Um dos objetivos do PEN é fazer com que os autores se conheçam e difundam suas respectivas obras, bem como se envolvam ativamente na defesa dos direitos humanos, em particular no que se refere a liberdade de expressão, promovendo, ainda, o socorro a escritores perseguidos, presos, torturados ou exilados. A organização procura manter permanentemente o conhecimento de todos os casos que vão se sucedendo pelo mundo e empenha-se na resolução de situações problemáticas. Para coordenar esses esforços foram criados diversos comitês: Escritores na Prisão, Mulheres Escritoras, Escritores para a Paz, e Tradução e Direitos Linguísticos.

As iniciativas dos clubes nacionais ocorrem durante todo o ano mediante a realização de conferências, encontros e simpósios de características regionais ou temáticas, abordando, preferencialmente, assuntos ligados à literatura ou campanhas contra a censura, a repressão e a violência.

Atualmente o PEN Internacional está credenciado à UNESCO como órgão consultor para assuntos ligados à literatura e à cultura em geral, por ser considerado por essa entidade internacional como organização modelar na defesa dos escritores e da literatura.

Ao promover a literatura e defender a liberdade de expressão, o PEN Internacional e os demais clubes – são mais de 140 espalhados em todos os continentes – contribuem de maneira decisiva para a consolidação da cultura e cada vez mais para a paz entre os povos.

O Brasil também tem o seu PEN Clube desde abril de 1936. Interessados podem acessar: http://www.penclubedobrasil.org.br/

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