Abap realiza estudo sobre a publicidade infantil no Conar

Abap realiza estudo sobre a publicidade infantil no Conar 550 345 Instituto Palavra Aberta

Análise de quase 300 casos de irregularidades em propaganda para crianças nos últimos sete anos tem como objetivo orientar o mercado a evitar os erros mais comuns

O apelo direto de consumo é o motivo que mais penaliza as propagandas voltadas para o público infantil e três em cada quatro anunciantes que foram penalizados não voltaram a sofrer sanções por esse tipo de propaganda. Essas são algumas das conclusões do estudo apresentado pela Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) e feito pela campanha Somos Todos Responsáveis sobre a “Publicidade Infantil no Conar”. Trata-se de um manual (http://bit.ly/deuconar) com o objetivo de convidar o mercado a evitar os erros mais comuns na propaganda dirigida às crianças.

O estudo analisou 276 campanhas julgadas entre 2006 e 2013, das quais 179 foram punidas, e mostra os principais motivos das denúncias de publicidade irregular, os tipos de anúncios e as frases a serem evitadas.

A maior parte das denúncias (34%) se referiram ao apelo imperativo de consumo, seguidas pelo incentivo a conduta inadequada (9%) e vocalização de consumo pela criança (7%). Mais da metade (65%) das denúncias resultaram em algum tipo de punição para os responsáveis pelos anúncios.

Outra conclusão do estudo é que os brinquedos (18%) e alimentos infantis (16%) foram os que mais tiveram propagandas penalizadas. Uma em cada cinco propagandas penalizadas por irregularidades em relação a crianças se refere a produtos voltados para adultos.

A boa notícia é que mais de 75% das agências e anunciantes penalizados não voltaram a ser punidos.

A íntegra do estudo pode ser acessada no site da Abap no http://bit.ly/deuconar.

O que deu Conar

O estudo da campanha Somos Todos Responsáveis levantou que, no período de setembro de 2006 a agosto de 2013, foram feitas 276 denúncias ao Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e houve 179 punições. Foram 45 agências e 160 anunciantes denunciados, sendo 34 agências e 120 anunciantes punidos.

O levantamento revelou que as três razões mais utilizadas nas denúncias foram “apelo imperativo de consumo” (34%), “incentivo à conduta inadequada” (9%) e “vocalização de consumo pela criança” (7%).

Os produtos mais punidos pelo Conar foram os brinquedos (18%), alimentos infantis (16%) e produtos para crianças como fraldas, mochilas, sabonetes, entre outros (9%). 80% das agências denunciadas foram punidas uma única vez; 9% sofreram punições duas vezes e 11% foram punidas mais de duas vezes. Oito das 10 maiores agências do Brasil tiveram campanhas punidas pelo órgão.

No que diz respeito aos anunciantes, 74% sofreram punição uma única vez, 13%, duas vezes e 13%, mais de duas vezes. A pesquisa mostra que 50% das denúncias partiram dos consumidores e 40%, do próprio Conar.

“Peça já o seu” é a frase encontrada no maior número de campanhas punidas. Entre as expressões que embasaram 50% das denúncias estão “acesse”, “colecione”, “envie”, “experimente”, “leve” e “não perca”.

    Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossa plataforma. Ao continuar navegando, você concorda com as condições previstas na nossa Política de Privacidade.