Situação grave para liberdade de imprensa no Brasil
Situação grave para liberdade de imprensa no Brasil https://www.palavraaberta.org.br/v3/images/Balanco-Anual-RSF-_-Divulgacao-550.jpg 550 345 Instituto Palavra Aberta https://www.palavraaberta.org.br/v3/images/Balanco-Anual-RSF-_-Divulgacao-550.jpgSegundo matéria no site Exame.com, o balanço anual da organização Repórteres Sem Fronteira (RSF) registra o assassinato de cinco jornalistas no Brasil, o mesmo número de 2012
A situação da liberdade de imprensa na América Latina em 2013 foi “estável” no quadro geral, porém “grave” no Brasil, no México e em Honduras, onde foi registrada a maior parte dos 12 assassinatos do ano na região, segundo o balanço anual da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicado nesta quarta-feira (18).
“Embora os números sejam melhores que no ano passado, quando houve 15 assassinatos, não podemos criar expectativas. A situação não melhorou. O ano passado foi excepcionalmente violento, mas as coisas se agravaram em alguns aspectos”, afirmou à Agencia Efe o responsável da América Latina da RSF, Benoît Hervieu.
Ao longo do ano, foram assassinados cinco jornalistas no Brasil (o mesmo número que em 2012), três em Honduras (um a mais), dois no México (quatro a menos), um na Colômbia e outro no Paraguai.
Hervieu chamou a atenção para a “difícil” situação vivida no Brasil, onde o elevado número de repórteres assassinados responde “à tensão ligada a acertos de contas políticas”, sobretudo nos estados do Norte e do Nordeste, onde acontecem, além disso, atritos de caráter social.
O país viveu uma “explosão de agressões” contra profissionais ligados à cobertura dos protestos pelo aumento das passagens de transporte público e o superfaturamento das obras da Copa do Mundo de 2014. O Brasil liderou a lista do continente quanto à repressão policial, com mais de uma centena de agressões contra jornalistas.
Honduras superou o México na lista de países com mais mortes da América Latina, em um ano eleitoral no qual aumentaram as tensões políticas. Hervieu garantiu, ainda, que a queda no número de assassinatos no México, que passou de seis para dois, não deve ocultar a “gravíssima” situação que vive o país.