Dia Mundial do Rádio

Dia Mundial do Rádio 630 354 Instituto Palavra Aberta

Por mais que a tecnologia venha a transformar os meios de comunicação, o rádio continua sendo o que alcança maior audiência no mundo e com a maior rapidez possível.

Música, notícia, serviços de utilidade pública, entrevistas, tempo e temperatura, futebol, e um extraordinário meio para difundir a liberdade de expressão e de imprensa. Seu alcance, agilidade e audiência o transformaram no veículo de maior penetração em todos os continentes.

Inventado no século XVIII, o rádio é comemorado mundialmente no dia 13 de fevereiro e a Unesco escolheu para este ano o tema “O rádio em situações de emergência e desastre”, e o promove apresentando as seguintes mensagens:

• A liberdade de expressão e a segurança de jornalistas devem ser à prova de desastres.
• O rádio empodera os sobreviventes e as pessoas vulneráveis, cujo direito à privacidade deve ser respeitado.
• O rádio tem impacto social e fornece acesso à informação. O direito das pessoas à informação deve ser protegido, mesmo em situações de emergência e desastre.
• O rádio, salva vidas. A acessibilidade imediata às frequências de rádio é essencial para salvar vidas. Essas frequências devem ser protegidas, pois ficam disponíveis em situações de emergência.

O Instituto Palavra Aberta se confraterniza com a data e ressalta o meio como um importante aliado na promoção e no fortalecimento da liberdade. As festividades ocorrerão em todo o mundo por meio de comissões nacionais e representações da Unesco, além de organizações parceiras (www.worldradioday.org). Leia a mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da Unesco:

“Em todo o mundo aumentam os casos de emergências humanitárias e desastres, com terríveis consequências para vidas humanas e, por vezes, reduzindo anos de desenvolvimento a nada.

No meio das ruínas e diante de uma emergência, com frequência, o rádio é o primeiro meio para a sobrevivência. Sua durabilidade é uma vantagem incomparável, permitindo muitas vezes que resista a choques e retransmita mensagens de proteção e prevenção para a maior quantidade possível de pessoas, de uma forma melhor e mais rápida do que outros meios de comunicação e, com isso, salvando vidas.

Sua disponibilidade, simplicidade e baixo custo também tornam o rádio um meio que promove a vida em comunidade, oferecendo uma forma de fortalecer os laços sociais e assegurar a participação das pessoas em programas humanitários, bem como nas discussões que lhes servem de base. Inúmeros relatos de vítimas descrevem como o rádio permitiu que famílias separadas se reencontrassem, retomassem o contato e readquirissem a esperança. As rádios comunitárias são o exemplo perfeito desse processo e, por isso, devem ser apoiadas.

O poder do rádio também depende dos jornalistas, que estão entre as primeiras pessoas a chegar aos lugares para testemunhar os eventos e dão voz a atores e vítimas locais, para aumentar a conscientização e mobilizar recursos, sem o que não é possível ter ações humanitárias efetivas. Eles desempenham um papel crucial na apresentação dos fatos, evitando o sensacionalismo e a manipulação no debate público. É por isso que nada deve ser questionado no que diz respeito ao direito à informação ou à segurança dos jornalistas.

A Unesco estabeleceu sistemas de alerta para tsunamis, inundações e secas, assim como sistemas de monitoramento de terremotos e deslizamentos de terra. A organização oferece assistência técnica, em todo o mundo, para todos os tipos de risco. Quando sítios protegidos se encontram em perigo, a Unesco entra em cena para salvar as referências culturais e históricas. Em todos esses âmbitos, e por sua capacidade de informar, retransmitir mensagens e contribuir para o debate e a reflexão, mesmo em tempos de crise, o rádio é um aliado indispensável.

Hoje, nós chamamos autoridades públicas e partes interessadas em desenvolvimento e ação humanitária para fortalecer os vínculos entre o rádio e as respostas emergenciais, para que as vozes de homens e mulheres, vítimas, equipes de salvamento e jornalistas, que nós ouvimos nestes momentos em rádios transistorizados, telefones celulares e computadores, sejam as vozes da vida e da esperança…”

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