Claudia Costin fala sobre os desafios da escola no mundo conectado

Claudia Costin fala sobre os desafios da escola no mundo conectado 960 540 Instituto Palavra Aberta

Claudia Costin possui currículo extenso: é mestre em economia e doutora em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas; é diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da mesma instituição; temt uma longa carreira enquanto professora e educadora de diversas instituições de ensino superior;  foi diretora de educação do Banco Mundial e também ex-ministra e secretária de educação. Também é articulista da Folha de S. Paulo e membro do conselho consultivo do EducaMídia.

A educadora foi a convidada da live semanal do EducaMídia para uma conversa aberta no programa, que vai ao ar às quintas no Facebook e Youtube. O papo foi comandado por Patrícia Blanco, presidente do Palavra Aberta.

Pandemia
Na avaliação de Claudia, a pandemia, como toda a grande crise, por um lado desvela os problemas e, por outro, acelera cenários futuros, como aconteceu com a necessidade de se pensar uma educação mais tecnológica e midiática. Os obstáculos, segundo ela, são muitos, já que o Brasil enfrenta uma desigualdade séria de acesso a recursos educacionais. “Muitas crianças só têm acesso à internet através do celular, que é usado até como fonte de renda para muitas famílias”, explica.

Segundo a educadora, a Covid-19 escancarou nosso profundo abismo de aprendizagem. “No ensino médio, só 9% dos alunos possuem um conhecimento adequado em matemática, sem falar que nem todos chegam a essa etapa de ensino. Os dados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) também mostram cenário semelhante”.

Novas habilidades
Para Claudia, a infodemia que resulta do momento que vivemos mostra o quão necessário é que os professores incentivem o desenvolvimento do pensamento crítico para ensinar os alunos a lerem uma informação, sabendo identificar fontes e contextos.

A resolução colaborativa de problemas com criatividade também é outra habilidade destacada por ela. “Os melhores sistemas educacionais do mundo estão enfatizando a importância disso, como uma estratégia de fazer com que os jovens não sejam substituídos no futuro por robôs”, completou ela, acrescentando também a necessidade do desenvolvimento das competências socioemocionais como empatia, persistência, resiliência e abertura para o “novo”.

Claudia ressaltou ainda a urgência de se elaborar o pensamento por meio da leitura e da produção de textos, sempre pensando midiaticamente e levando em conta as mais diferentes mídias a que os alunos têm acesso hoje.

Ler e escrever
De acordo com Claudia, é importante que os professores se reúnam para fazer planos de aula colaborativos, em que um mesmo tema é endereçado por diferentes disciplinas. No entendimento da educadora, para formação de seres humanos autônomos é importante que os alunos comecem a produzir seus textos desde cedo, exercitando senso crítico no processo de leitura em todas as áreas.

Para assistir ao vídeo com Claudia Costin na íntegra, clique aqui.

 

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