Eleições: rotina que se afirma

Eleições: rotina que se afirma 550 345 Instituto Palavra Aberta

* Patricia Blanco

A tranquilidade predominou nestas eleições para prefeito e vereador em todo o Brasil, embora tenha havido exceções no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Góias, com assassinato de candidatos e desrespeito com a liberdade de imprensa.

Em paralelo a todas a essas ocorrências, merece atenção o fato de 25 milhões de eleitores (17,58%) não terem comparecido às urnas para votar no primeiro turno das eleições municipais em todo o País. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o percentual é superior aos pleitos municipais de 2008 e 2012, o que corresponde uma clara mensagem aos candidatos eleitos no primeiro turno e aos que ainda se elegerão.

Por outro lado, as eleições serviram, ainda, para mostrar uma nova face do poder no Brasil, apontando inclusive os candidatos que se fortalecem para disputar a presidência da República em 2018. De um lado, trouxe a cena novas lideranças política e, por outro lado, confirmou, mais uma vez, que eleições fazem parte dos hábitos e rotinas da sociedade. Houve manifestações e cenas de intolerância, que atingiram das figuras públicas ao eleitor comum, mas fazem parte da liberdade de expressão e opinião que deram o tom ao livre exercício do voto.

Na realidade, quem ganhou as eleições foi a democracia que, novamente, se afirmou. Alicerçado pela Constituição de 1988, mais do que uma rotina, a eleição se torna um hábito indispensável para o brasileiro e que merece ser valorizada.

* Patricia Blanco é presidente executiva do Instituto Palavra Aberta

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