Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2016

Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2016 630 345 Instituto Palavra Aberta

A Associação Nacional de Jornais elegeu o jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, pelas reportagens sobre o sálario dos magistrados do Estado. Essa escolha representa o apoio da entidade ao jornalismo de qualidade.*

Na última terça-feira (14) foi divulgado o grande vencedor do Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa de 2016: a publicação paranaense e sua equipe de cinco profissionais (Chico Marés, Euclides Lucas Garcia e Rogerio Waldrigues Galindo, analista de sistemas Evandro Balmant e o infografista Guilherme Storck) que, após realizarem uma série de matérias sobre a remuneração do judiciário e de membros do Ministério Público do Paraná, vêm sofrendo contínuos processos.

O prêmio representa o apoio da ANJ ao jornalismo de qualidade e à coragem do Gazeta do Povo, a despeito do rigor, da objetividade e da sobriedade com que o assunto foi tratado. Conforme as reportagens, a soma das diferentes fontes de remuneração dos juízes e integrantes do Ministério Público, todas completamente legais, resultou em “supersalários”, em média, superiores ao teto salarial constitucional.

Em consequência da reação corporativista, o jornal e seus profissionais já respondem a 40 processos em diferentes cidades do Paraná. Entre abril e maio, tiveram de comparecer a 17 audiências em 10 cidades.

Criado em 2008, o Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa tem por objetivo homenagear pessoas, jornais ou instituições que tenham se destacado na promoção ou na defesa da liberdade de imprensa.

Vencedores do Prêmio ANJ

2008 – Ministro Carlos Ayres Britto – Supremo Tribunal Federal
(ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, relator da ação sobre a incompatibilidade da Lei de Imprensa, com a Constituição de 1988).

2009 – Deputado Miro Teixeira (pela ação propondo ao STF o fim da Lei de Imprensa).

2010 – Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP)
(pela defesa da liberdade de imprensa nas Américas).

2011 – Diario Clarín (Buenos Aires – Argentina)
(pela postura independente e combativa frente às ações contrárias à liberdade de imprensa em seu país).

2012 – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – ABRAJI (pela promoção do jornalismo profissional, independente e de qualidade no Brasil).

• 2013 – Não houve premiação

2014 – Dra. Catalina Botero Marino, (Relatora Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

2015 – Ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (pelas reiteradas manifestações de repúdio a qualquer tentativa do governo de controlar o que a imprensa publica e por seu voto contrário à necessidade de autorização prévia para a publicação de biografias).

* Fonte: Associação Nacional de Jornais (ANJ)

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